segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Atividades das Aulas de Experiências Matemáticas da Escola Sebastião de Oliveira Rocha

A seguir se encontram as atividades desenvolvidas pelas pibidianas Rita e Camila para as aulas de experiências matemáticas na Escola Sebastião de Oliveira Rocha.

5 série/ 6 ano




 Supermercado da Matemática


Descrição: Esta atividade foi desenvolvida a partir do Caderno do Aluno do Estado de São Paulo, foi desenvolvida uma aula dialogada sobre o conceito das operações numéricas, , em seguida foi desenvolvida uma atividade em grupo em que simulava compras no supermercado e os alunos deveriam realizar cálculos usando as quatro operações (atividade a seguir).
Aplicação: Alguns alunos da 5ª série/6º ano ficaram dispersos na aula. Durante a realização da atividade, somente alguns conseguiram concluí-la, enquanto outros não fizeram. 





Jogo das Sequências
Descrição: Inicialmente o conceito de sequência foi abordado através de uma pequena aula dialogada, em seguida os alunos foram organizados em grupos para que pudessem jogar. A atividade consistia em um jogo de cartas que foram distribuídas igualmente entre os alunos e, então era necessário eliminar a carta que completasse a sequência de números imposta por determinado padrão. Vencia o jogo o aluno que eliminasse todas as cartas primeiro.
Aplicação: Durante a aula, a maioria dos alunos estava dispersa e se recusava a participar da aula, porém iniciado o jogo, todos eles se interessaram em participar e jogaram diversas vezes o jogo das sequências. Assim, viu-se o quão positivo é a introdução de elementos atrativos para os alunos, pois a partir do jogo foi possível interagir a turma e desenvolver os conceitos matemáticos.


6 série/ 7 ano


Enigma de Frações e Decimais 

Descrição: Esta atividade foi desenvolvida a partir do volume 1 do Caderno do Aluno da sexta série/sétimo ano. A atividade foi proposta da seguinte maneira: primeiro foi desenvolvida uma aula expositiva a fim de se explicar os conceitos a serem trabalhados com o jogo; neste, os alunos foram divididos em três grupos. O jogo: os alunos deveriam encontrar as dízimas correspondentes às frações e a partir do resultado, procurar numa tabela a parte inteira e a parte centésima da dízima que se corresponderiam em uma letra; a partir de cada letra encontrariam uma frase (o enigma); vencia o jogo o grupo que encontrasse o enigma primeiro.
Aplicação: Foi encontrada dificuldade por parte de alguns alunos, sendo necessário o auxílio do estagiário; outra dificuldade encontrada foi falta de parceria entre os alunos. O jogo atingiu seu objetivo, porém a falta de parceria entre os alunos prejudicou o desenvolvimento da atividade, pois era necessário trabalhar em equipe e alguns alunos se recusaram.


Multiplicação e Divisão de Frações
Descrição: Primeiro foi desenvolvida uma aula expositiva a fim de se explicar os conceitos a serem trabalhados com o jogo; neste, os alunos foram divididos em duplas. No jogo Bingo da Multiplicação e Divisão de Frações foram distribuídas cartelas de bingo entre as duplas e o estagiário sorteava operações de multiplicação e divisão de frações afim de que o resultado da operação fosse marcado na cartela, se nela houvesse o resultado correspondente. Vencia o jogo, o grupo que preenchesse toda sua cartela primeiro.
Aplicação: Alguns alunos demonstraram dificuldades em realizar as operações, mas eles mesmos se ajudavam e também contava com o auxílio do estagiário. O jogo atingiu seu objetivo, com ele os alunos puderam aprender/rever de forma substancial e dinâmica o conceito de multiplicação e divisão de frações.

Jogo das Frações Equivalentes
Descrição: Esta atividade foi desenvolvida a partir do Caderno do Aluno. A atividade foi proposta da seguinte maneira: primeiro foi desenvolvida uma aula expositiva a fim de explicar/rever os conceitos a serem trabalhados com o jogo; neste, os alunos foram divididos em três grupos para que jogassem entre eles. O jogo: havia um dado com uma fração em cada face; também havia 54 cartas que correspondiam a frações equivalentes a estas das faces do dado; se procedia da seguinte forma: distribuíram-se as cartas igualmente entre os alunos, um deles começava jogando: jogava o dado e saía uma fração ele deveria eliminar uma de suas cartas, sendo que esta deveria ser uma fração equivalente à que tirou no dado; procedia-se assim com todos os alunos participantes do jogo, ganhava o jogo o aluno que eliminasse todas as suas cartas primeiro.
Aplicação: Na aplicação do jogo, eles foram motivados a desenvolver a atividade. Alguns alunos demonstraram dificuldades, mas eles mesmos se ajudavam e também contava com o auxílio do estagiário. O jogo atingiu seu objetivo, com ele os alunos puderam aprender de forma substancial e dinâmica o conceito de fração equivalente.
2.   
7 série/ 8 ano

Jogo das Frações Equivalentes
Descrição: Esta atividade foi desenvolvida a partir do volume 1 do Caderno do Aluno da sétima série/oitavo ano; o caderno traz uma introdução sobre números racionais e enfatiza as frações equivalentes para explicar o conceito de números racionais. A atividade foi proposta da seguinte maneira: primeiro foi desenvolvida uma aula expositiva a fim de explicar os conceitos a serem trabalhados com o jogo; neste, os alunos foram divididos em três grupos para que jogassem entre eles. O jogo: havia um dado com uma fração em cada face; também havia 54 cartas que correspondiam a frações equivalentes a estas das faces do dado; se procedia da seguinte forma: distribuíram-se as cartas igualmente entre os alunos, um deles começava jogando: jogava o dado e saía uma fração ele deveria eliminar uma de suas cartas, sendo que esta deveria ser uma fração equivalente à que tirou no dado; procedia-se assim com todos os alunos participantes do jogo, ganhava o jogo o aluno que eliminasse todas as suas cartas primeiro.
Aplicação: Durante o desenvolvimento da aula, os alunos não se mostraram interessados, porém, na aplicação do jogo, eles foram motivados a desenvolver a atividade. Alguns alunos demonstraram dificuldades, mas eles mesmos se ajudavam e também contava com o auxílio do estagiário. O jogo atingiu seu objetivo, com ele os alunos puderam aprender e/ou rever de forma substancial e dinâmica o conceito de fração equivalente.

Enigma das Frações Geratrizes
Descrição: Esta atividade foi desenvolvida a partir do volume 1 do Caderno do Aluno da sétima série/oitavo ano; o qual desenvolve o conceito de fração geratriz. A atividade foi proposta da seguinte maneira: primeiro foi desenvolvida uma aula expositiva a fim de se explicar os conceitos a serem trabalhados com o jogo; neste, os alunos foram divididos em três grupos. O jogo: os alunos deveriam encontrar a fração geratriz de algumas dízimas e a partir do resultado, procurar numa tabela o numerador e o denominador que se corresponderiam em uma letra; a partir de cada letra encontrariam uma frase (o enigma); vencia o jogo o grupo que encontrasse o enigma primeiro.
Aplicação: Este conceito matemático foi de difícil entendimento para os alunos. Mesmo com o incentivo do jogo, surgiram muitas dúvidas sobre o conceito, o que dificultou o desenvolvimento da atividade. Porém com a auxílio do professor e dos estagiários, pode-se concluir a atividade.



Bingo da Potenciação
Descrição: Primeiro foi desenvolvida uma aula expositiva a fim de se explicar os conceitos a serem trabalhados com o jogo; neste, os alunos foram divididos em três grupos. No jogo Bingo da Potenciação foram distribuídas cartelas de bingo entre os grupos e o estagiário sorteava operações de potenciação afim de que o resultado da operação fosse marcado na cartela, se nela houvesse o resultado correspondente. Vencia o jogo, o grupo que preenchesse toda sua cartela, primeiro.
Aplicação: Alguns alunos demonstraram dificuldades em realizar as operações, mas eles mesmos se ajudavam e também contava com a auxílio do estagiário. O jogo atingiu seu objetivo, com ele os alunos puderam aprender de forma substancial e dinâmica o conceito de potenciação.

8 série/ 9 ano

Aula Conjuntos
Descrição: O conceito de conjunto foi desenvolvido na 8a série/9º ano a partir de uma aula onde o conjunto utilizado para demonstrar a relação existente entre conjuntos foi o conjunto de alunos da 8a série/9º ano. Esta aula foi desenvolvida a partir da participação e interação intensa dos alunos.
Aplicação: O fato de haver poucos alunos dificultou, em parte, o andamento da aula. Consegui-se atingir o objetivo, embora a atividade fosse criada para maior quantidade de alunos. A partir do fato de usar exemplos que eram os próprios integrantes da classe, os alunos puderam rever o conceito conjuntos e suas relações.

Aula Conjuntos Numéricos
Descrição: Dando seguimento à aula anterior, trabalhou-se o conceito conjuntos numéricos a partir de uma aula; nela houve participação dos alunos que confrontavam o que sabiam a respeito do conceito. Em seguida foi desenvolvida uma atividade de classificação dos números e foi proposta a resolução de uma lista de exercício sobre conjuntos, relações entre conjuntos e conjuntos numéricos, como forma de avaliação (ambas as atividades se encontram nas páginas seguintes).
Aplicação: Novamente havia poucos alunos em sala. Consegui-se atingir o objetivo.



Aula Notação Científica
Descrição: Foi realizada uma aula expositiva sobre a Notação Científica, relatando sua utilidade e finalidade. Em seguida foi discutido como fazer a notação científica utilizando potências de dez. Também foram propostos exercícios para os alunos resolveram, sendo que os próprios fizeram a correção na lousa.
Aplicação: Alguns alunos demonstraram dificuldades em compreender o conceito, mas foi atingido o objetivo da aula.

 Bingo da Notação Científica
Descrição: Como forma de avaliação realizou-se um jogo. No Bingo da Notação Científica foram distribuídas cartelas de bingo entre os alunos e o estagiário sorteava números e operações para que o aluno transformasse em notação científica e marcasse em sua cartela, se nela houvesse o resultado correspondente. Vencia o jogo, o aluno que preenchesse toda sua cartela, primeiro. Como forma de premiação seria atribuída a nota máxima na avaliação. Foi pedido aos alunos que entregassem os resultados e cálculos para a correção. 
Aplicação: Alguns alunos demonstraram dificuldades em desenvolver a atividade, mas com o auxílio do estagiário os alunos puderam compreender. Outros alunos simplesmente se recusaram a realizar a atividade. Foi atingido o objetivo . Os alunos puderam entender Notação Científica e a avaliação foi bastante positiva.






Atividades Desenvolvidas Durante o Intervalo da Escola Sebastião de Oliveira Rocha

As atividades seguintes foram desenvolvidas durante o intervalo da escola Sebastião de Oliveira Rocha, elas foram aplicadas, em sua maioria, pelos pibidianos Rita , Marcelo e Camila.

Dominó das Operações
Descrição: O jogo Dominó das Operações foi criado com a intenção de proporcionar aos alunos a realização de operações mentalmente e a contagem do número de figuras associando o resultado da operação ao número de figuras, sendo que tem as mesmas regras de um dominó comum.
Aplicação: Alguns alunos demonstraram dificuldades em realizar as operações, sendo necessário o auxílio do estagiário. O jogo atingiu seu objetivo, embora alguns alunos demonstrassem dificuldade. A utilização do jogo foi positiva, pois, de uma forma mais dinâmica, os alunos puderam aprender conceitos matemáticos, neste caso, o conceito das operações matemáticas.



Futebol da Matemática
Descrição: Os alunos foram divididos em dois grupos, foram feitas perguntas de situações problemas envolvendo operações para um aluno de cada grupo; quem acertasse tinha o direito de chutar a bola ao gol, se marcasse o gol somaria um ponto pra sua equipe; venceria o jogo a equipe que somasse mais pontos.
Aplicação: Alguns alunos demonstraram dificuldades em realizar as operações propostas, mas o estagiário estava atento para esclarecer dúvidas que surgissem. O jogo atingiu seu objetivo, houve, inclusive, muita popularidade da atividade, principalmente entre os meninos, pois havia o incentivo do futebol.


  Corrida Matemática
Descrição: Os alunos foram divididos em dois grupos, foram feitas perguntas de com situações problemas e operações para cada grupo; ao acertar um representante de cada equipe pulava para o número seguinte da amarelinha desenhada que havia no chão do pátio; ganhava o jogo a equipe que chegasse primeiro no número dez da amarelinha.
Aplicação: Alguns alunos demonstraram dificuldades em realizar as operações. O jogo, que foi uma versão do futebol da matemática, atingiu seu objetivo. A dinâmica existente em jogos pode facilitar a compreensão de conceitos, assim, a utilização do jogo foi bastante positiva.



 Bingo da Multiplicação
Descrição: No jogo Bingo da Multiplicação foram distribuídas cartelas de bingo entre os alunos e o estagiário sorteava operações de multiplicação afim de que o resultado da operação fosse marcado na cartela, se nela houvesse o resultado correspondente. Vencia o jogo, o aluno que preenchesse toda sua cartela.
Aplicação: Alguns alunos demonstraram dificuldades em realizar as operações, sendo necessário o auxílio do estagiário. O jogo atingiu seu objetivo, sendo que houve, inclusive, bastante popularidade entre os alunos. A dinâmica existente em jogos pode facilitar a compreensão de conceitos, assim, a utilização do jogo foi bastante positiva.


Jogo das Frações Equivalentes
Objetivos: Realizar cálculos mentalmente, desenvolver o raciocínio e reforçar a noção de fração equivalente.
Descrição: Havia um dado com uma fração em cada face; também havia 54 cartas que correspondiam a frações equivalentes a estas das faces do dado; se procedia da seguinte forma: distribuíram-se as cartas igualmente entre os alunos, um deles começava jogando: jogava o dado e saía uma fração ele deveria eliminar uma de suas cartas, sendo que esta deveria ser uma fração equivalente à que tirou no dado; procedia-se assim com todos os alunos participantes do jogo, ganhava o jogo o aluno que eliminasse todas as suas cartas primeiro.
Aplicação: Alguns alunos demonstraram dificuldades, mas eles mesmos se ajudavam e também contava com o auxílio do estagiário. O jogo atingiu seu objetivo, com ele os alunos puderam aprender de forma substancial e dinâmica o conceito de fração equivalente.




Jogo do Resto

Descrição: O jogo se deu num tabuleiro, que se encontrava no chão. Jogo: todos os jogadores iniciam na primeira casa, a casa “25” . Em cada rodada, na sua vez, um jogador lança o dado (sua face continha números pelos quais se dividia os números do tabuleiro) : o número de casas que o jogador deve avançar é igual ao resto da divisão do número da casa em que se encontra (dividendo) pelo número que saiu no dado (divisor). Ganha o jogo quem atingir primeiro a casa “Fim”.
Aplicação: Os alunos não encontraram dificuldade para realizar a atividade. O jogo atingiu seu objetivo, os alunos gostaram do jogo e a partir dele foi possível que se disutisse o conceito de divisão não exata.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Grupo PIBID CAPES - ICMC, USP São Carlos

     Desde julho de 2011 nosso grupo vem desenvolvendo atividades dentro do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) em duas escolas públicas da cidade de São Carlos.
     Neste espaço compartilharemos alguns dos momentos e experiências vivenciados.

Grupo de Geometria: Profa. Edna, Élida, Milenna, Aline e Daniel

Grupo de Tecnologias: Theófilo, Prof. Seiji, Yoshio e Marcos

Grupo de Tratamento da Informação e Tecnologias: Laura, Beatriz, Alexandre, Renato, Profa. Miriam, Bruno, Priscila, Fabiano e Camila

Grupo de Números, Operações, Grandezas e Medidas: Thássia, Camila, Rita, Profa. Esther, Luana, Marcel, Jean, Marcelo e Gabriel.


Se quiser comentá-los, agradecemos o feedback!!!




domingo, 11 de dezembro de 2011

Sequência de Ensino - Perfil da TurmaSequência de Ensino – Perfil da turma.

Sequência de Ensino – Perfil da turma.

Uma adaptação da sequência de ensino homônima do livro Do Tratamento da Informação ao Letramento Estatístico (Cazorla, I., e Santana, E, 2010).

Elaborada por:
Alexandre Henrique Soares, Beatriz Nakamura de Oliveira, Fabiano Rogério Ramos e Renato da Silva Fernandes.

Temática: Estatística

Público alvo: Alunos das séries finais do ensino fundamental.

Tempo estimado: 8 horas-aula.

Recursos Materiais:
·         Lousa, giz e apagador;
·         Papel Kraft[1], canetas hidrográficas e fita adesiva para confeccionar um cartaz com os dados da turma;
·         Papel quadriculado, régua, compasso e transferidor para construir os gráficos.

Objetivos:
·         Apresentar e discutir a diferença entre população e amostra, censo e amostragem.
·         Desenvolver uma pesquisa de opinião, por censo, nos moldes da pesquisa científica: estabelecer perguntas de pesquisa, coletar, tratar e analisar dados e comunicar resultados.
·         Trabalhar diferentes formas de organização dos dados com tabelas e gráficos.

Conteúdos:
·         População e amostra; censo e amostragem;
·         Tabela de distribuição de frequência;
·         Gráficos de setor, de barras e diagrama de pontos (dotplot);
·         Medidas de tendência central: média, mediana e moda.

Desenvolvimento:

Etapa 1:

Essa primeira etapa tem como objetivo iniciar uma pesquisa de opinião sobre o “perfil da turma” com perguntas levantadas pelos próprios alunos.
Comece a aula fazendo um levantamento do que os alunos entendem por pesquisa; pergunte quais tipos de pesquisa eles conhecem, quais eles já ouviram falar. Explique que objetivo dessas aulas será fazer uma pesquisa sobre a sala, traçar um perfil da turma, descobrir algumas características da turma como um todo; para isso temos que levantar algumas perguntas –características que queremos conhecer – e devemos ser capazes de respondê-las no final da pesquisa. Peça para os alunos formularem as questões de pesquisa sobre o que eles querem saber sobre a turma. Fique atento para a natureza das perguntas, pois elas terão que ser respondidas com base em um questionário aplicado com cada aluno, algumas perguntas simplesmente não podem ser respondidas com esse tipo de questionário – como, por exemplo, qual é o melhor time de futebol do Brasil– atente também para questões que possam vir a constranger o entrevistado; discuta tais implicações com os alunos, caso apareça uma pergunta com as características mencionadas acima.
Caso os alunos tenham dificuldades de propor questões que sirvam para a pesquisa, o professor deve estimular os alunos, dando algumas sugestões; perguntas como “qual é o time favorito?”, “Qual ‘a comida favorita?”, “quem é melhor em determinada disciplina?” são interessantes e podem ajudar os alunos a entenderem que tipo de pergunta é esperada, perguntas comparativa por gênero, como “Quem é melhor em matemática, meninos ou meninas?” também são interessantes e costumam deixar os alunos motivados em encontrar a resposta.
Após levantamento das perguntas de pesquisa (recomenda-se que haja 7 ou 8 perguntas), faça um levantamento com os alunos de quais devem ser as perguntas estar no questionário que os alunos responderam (veja figura 1).

  
Figura 1 – Exemplo de questionário aplicado com os alunos.


Depois que os alunos terminarem de responder o questionário, é hora dos alunos passarem seus dados para uma tabela que garanta o acesso aos dados da turma sempre que necessário. Recomendamos trazer já pronta de casa uma tabela em papel Kraft e na sala preencher apenas as categorias e os dados dos alunos, como exemplificado na figura 2.
Nome
Idade
Sexo
Esporte preferido
Gosto pela escola
Altura
Signo
Maior nota em matemática
















Figura 2- Exemplo de tabela para armazenar os dados dos alunos.

Terminada coleta e armazenamento de dados, discuta com os alunos conceitos de população, amostra, censo e amostragem. Note que uma pesquisa pode ser considerada censo ou amostragem dependendo de que estamos considerando como população; tomando essa pesquisa, ela será um censo se tivermos considerando a turma em si, mas se quisermos estender os resultados para todos os alunos de uma determinada série dessa escola, teríamos uma pesquisa por amostragem não aleatória, o que poderia limitar a validade dos resultados encontrados.

Etapa 2:

Essa segunda etapa pode ser feita após a etapa 3 sem prejuízo ao bom andamento da sequência. Essa etapa envolve a aplicação do jogo Super Filme[2], cujas regras encontram-se no anexo a. O objetivo da aplicação do jogo é trabalhar os conceitos de média e mediana e moda.
O jogo possui vinte cartas com as informações de ano de lançamento, arrecadamento e duração de vinte filmes. Os alunos escolhem, intercaladamente, uma dessas três categorias e vence quem tiver o maior valor. O professor deve explicar as regras do jogo aos alunos e deixá-los jogar uma partida inicial. Terminada a partida, os alunos já devem ter percebido intuitivamente que uma carta com a duração maior que 120 minutos, tem grande probabilidade de ganhar das demais cartas nessa categoria.
Inicia-se então uma discussão sobre qual é a melhor estratégia para vencer nesse jogo, para isso é preciso saber se um valor em uma categoria é uma boa aposta ou não. Tendo essa ideia em mente, o professor pode calcular juntamente com os alunos a média da duração dos filmes e usá-la na estratégia de escolha de categoria. Sabe-se que uma duração muito abaixo da média não é uma boa escolha, enquanto um valor acima da média tem maior chance de ganhar nessa categoria.
A mesma ideia poderia ser usada na categoria faturamento, mas como seria difícil calcular a média na mão com valores tão altos (a maioria dos valores ultrapassam a casa dos milhões), uma boa estratégia é calcular a mediana do faturamento. Sabemos que valores abaixo da mediana são superados por mais da metade das cartas, enquanto valores acima da mediana superam pelo menos metade das cartas.
O ano de lançamento pode ser usado para calcular a moda, que nesse caso será o valor que tem a maior probabilidade de empatar. Note que não é conceitualmente correto calcular a média ou a mediana do ano de lançamento por se tratar de uma variável qualitativa ordinal e não uma variável quantitativa. Essa discussão pode ser feita com os alunos, porém o professor deve ter em mente que tal discussão pode gerar confusão entre os alunos.
Terminado os cálculos e discussão dos conceitos, recomenda-se que os alunos joguem mais uma partida usando agora as informações obtidas para traçar uma melhor estratégia de jogo.

Etapa 3:

Nessa etapa final será dedicada a leitura e confecção de tabela e gráficos, estudo das medidas de tendência central (caso não tenha sido feita a etapa 2) e análise e discussão dos resultados da pesquisa.
Deve-se iniciar essa etapa mostrando para os alunos diversos tipos de gráficos (barra, setor, coluna, pontos, entre outros) e trabalhar a leitura e interpretação desses. O professor deve deixar claro para os alunos que os gráficos, assim como as tabelas, são ferramentas que visam facilitar a leitura e interpretação de um grande número de dados, que cada gráfico tem suas vantagens e desvantagens e que a escolha do tipo adequado para representar os dados desejados é muito importante.

Na sequência, o professor deve retomar o assunto da pesquisa do “Perfil da Turma” e explicar que podemos responder algumas perguntas da pesquisa a partir da análise do gráfico. É interessante iniciar a confecção dos gráficos com um dotplot, pois nele, cada aluno é representado por um ponto no diagrama (veja figura 3).
  

                 Figura 3 – Dotplot representando o número de irmãos de 8 alunos.

O professor pode fazer na lousa um dotplot que representa uma das categorias, como time favorito, para exemplificar e pedir que os alunos façam o diagrama de outra categoria no seu caderno. O mesmo procedimento pode ser usado para a construção de um gráfico de barras. O gráfico de barras pode ser explicado como uma evolução do dotplot, já que pode representar dados em uma escala diferente da unitária. Distribua papel quadriculado para facilitar a confecção dos gráficos de barra. Discuta com os alunos qual é a melhor escala para representar os dados dentro daquele espaço limitado da folha.
O gráfico de setores é uma representação mais condensada do que a feita pelo gráfico de barras e com maior apelo visual. Sua construção pode ser trabalhada através de ângulos ou mesmo de frações, dividindo-se o arco completo de 360° em setores proporcionais às frequências das variáveis.
Antes da construção do gráfico de setor, deve-se construir uma tabela de distribuição de frequência (TDF), contendo todos os valores assumidos pela variável que está sendo avaliada, sua frequência absoluta e a frequência relativa, escrita em forma de fração ou porcentagem, como visto na figura 4. Os alunos costumam ter dificuldades em calcular o ângulo correspondente a cada fração; uma alternativa é levar pronto uma circunferência dividida em n setores iguais, sendo que n corresponde ao número de alunos que participaram da pesquisa; no exemplo da figura 5, o circulo foi dividido em 20 partes iguais e a escolha do esporte preferido de cada aluno corresponde a uma fração de 1/20 do conjunto total. Convém deixar claro que essa estratégia só deve ser utilizada com alunos mais novos (11, 12 anos); alunos mais velhos devem ser capazes de realizar as contas necessárias e usar o transferidor para marcar os ângulos obtidos.

Esporte
Frequência absoluta
Frequência relativa (%)
Natação
2
10
Vôlei
7
35
Boliche
2
10
Futebol
7
35
Basquete
2
10

 

                  Figura 4: Tabela de distribuição de frequência da categoria “esporte favorito” 



Figura 5: Circunferência dividida em 20 arcos iguais e exemplo de gráfico de setores

Após fazer os gráficos, é importante retomar as medidas de tendência central – ou introduzi-las, caso não tenha feito a etapa 2 – e estudar seu significado nos gráficos (a moda, por exemplo, representa a maior barra ou setor nos gráficos) e do ponto de vista das próprias questões de pesquisa. Lembrando que um dos nossos objetivos é responder as questões de pesquisa, recomenda-se o uso do ambiente virtual AVALE[3] para potencializar a análise dos resultados da pesquisa.
O ambiente virtual AVALE conta com um sistema de planilha eletrônica onde cada aluno entra com seus dados e é possível gerar gráficos e medidas estatísticas de todos os alunos automaticamente. Esse processo agiliza, de forma sem igual, a análise dos resultados da pesquisa “Perfil da Turma”. Convém lembrar que o uso desse sistema deve ser feito em consonância com as atividades com “lápis e papel”, que não deve ser suprimido do processo de ensino-aprendizagem. É importante que os alunos saibam com clareza o significado de cada gráfico e cada medida estatística antes de se trabalhar com o AVALE, evitando o risco que os resultados da pesquisa sejam interpretados de forma leviana. Peça para os alunos prepararem cartazes com os resultados da pesquisa para colar nas paredes da escola.

Avaliação:

A avaliação deve ser feita durante toda a duração dessa sequência de ensino, analisando a participação dos alunos e a execução das tarefas propostas. Recomenda-se que também seja feita uma avaliação somativa no final da sequência de ensino, versando sobre os conceitos de média, moda e mediana, leitura e interpretação de gráficos e tabelas e confecção de gráficos.



[1] Também conhecido como papel pardo ou papel madeira.
[2] Versão modificada do jogo Super Trunfo®, desenvolvido pelo licenciando Alexandre Henrique Soares.
[3] O AVALE -Ambiente Virtual de Apoio ao Letramento Estatístico - é uma ferramenta de apoio didático desenvolvido pela UESC (Universidade Estadual de Santa Cruz -BA) com apoio da FAPESB, atualmente está hospedado no site da SEE-BA (http://www.iat.educacao.ba.gov.br / avaleeb).O AVALE oferece um ambiente virtual on-line onde cada aluno entra com seus dados individuais (que são armazenados pelo sistema),e tem acesso às medidas estatísticas e os gráficos gerados a partir do banco de dados da turma.